domingo, 24 de abril de 2011

O Pianista

O Pianista pode ser resumido como a história de um homem que faz da música sua razão para sobreviver, é como pode ser definida a jornada de Wladysław Szpilman.

Szpilman era um pianista judeu que residia em Varsóvia (capital da Polônia) durante a invasão nazista que ocorreu em 1939, por ser judeu, ele e a família sofreram no gueto de Varsóvia e, após a deportação de sua família, passou a ser escondido por fãs e no final da guerra, foi ajudado por um oficial nazista.

Em O Pianista, além da história em si, que já é impressionante, ainda temos a excelente direção de Roman Polanski que consegue dar ao filme uma estética magnífica, a ausência de trilha sonora com exceção dos momentos em que a personagem toca, ou imagina que toca piano também é marcante, Polanski mostra ao espectador a total miséria pela qual o personagem passou com uma sensibilidade de quem parece ter estado presente nos eventos ( Polanski sobreviveu a perseguição dos nazistas na segunda guerra, tendo perdido a mãe, assassinada pelos alemães).

O filme também mostra com muita competência os horrores cometidos pelos nazistas, de modo a conseguir tocar o espectador ao ponto dele se colocar no lugar das personagens. O filme também é feito para chocar, pois não censura a violência e a brutalidade. Mas apesar de toda a crueldade mostrada no filme, a mensagem final é, penso eu, positiva, pois ao mostrar o fato verídico de um oficial nazista ajudando Szpilman a sobreviver aquele horror, mostra-se que é possível resistir e não colaborar mesmo fazendo parte do grupo exterminador.

Em suma, existem muitos filmes que retratam tragédias, mas este chama a atenção por se tratar de uma tragédia provocada pelo homem contra o próprio homem, o mérito de O Pianista é que ao mesmo tempo que comove, também alerta para essa questão tão importante.

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