segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Mostras de filmes inscritos no 8º FIM (Festival Imagem-Movimento- AP)

Gostaria de convidá-los a comparecer no teatro das bacabeiras, dias 3 e 4 de dezembro a partir das 19 horas.
Serão exibidos dois de meus curtas metragens, "Sem Sinal" e "Situação de Risco" produzidos esse ano.

agradeço a quem comparecer.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Açucena e o Poder da Amazônia


Ontem assisti ao filme Açucena e o Poder da Amazônia, é o primeiro e até agora único longa metragem amapaense, produzido e dirigido por André Araújo.

A trama acompanha a história de Açucena, uma menina que acompanha a mãe, uma cientista em busca de uma fórmula milagrosa que pode curar diversos males. As duas viajam para o Amapá e, pouco depois de descobrir o soro, a mãe é obrigada a mandar a filha fugir para escapar do ataque de uma ex- colega invejosa da doutora. Açucena foge até encontrar algumas índias com quem vive e cresce.

O que mais chama a atenção no filme é a sua ótima proposta visual. Com tomadas inovadoras e criativas, assim como a trama, que, apesar de algumas incoerências, consegue envolver e entreter o público ao expor as emoções que rondam os personagens.

É importante, porém, que se assista ao filme sem preconceito, por experiência própria, sei que há muito disso contra produções amapaenses (não só do cinema). Não o veja como uma produção parca em recursos; mas sim como uma criativa tentativa de dizer que nós também existimos.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Super-8


Um grupos de garotos de uma cidadezinha dos USA está filmando um curta metragem em super-8, quando subitamente testemunham um acidente de trem (que é gravado pela câmera), a trama porém começa a se complicar, na medida que o exército tenta esconder o que aconteceu e os garotos tentam descobrir a verdade, ao mesmo tempo que coisas estranhas como desaparecimentos começam a acontecer na cidade.

Esse é o enredo de Super-8, filme de JJ Abrams, claramente inspirado em alguns filmes do passado, em especial no filme do produtor do mesmo, Spielberg: Contatos Imediatos do 3º grau. O filme conta com o já característico talento de Abrams para o suspense, mostrar as coisas sem revelar nada. Além de contar com personagens muito bem construídos, como Joe Lamb, o garoto protagonista que se empenha em desvendar o que esta ocorrendo e Alice Dainard, que se torna sua amiga após o convite para atuar no curta metragem do também amigo (e até certo ponto cômico) Charles Kaznyk.

Apesar de em alguns momentos, faltar verossimilhança ao filme, ele consegue o seu principal objetivo que entreter e envolver o espectador em uma história que apesar do lado fantástico, chama mais atenção para o lado humano.

Mais uma coisa; quando começar os créditos, assista até o final pois o dito curta metragem sobre zumbis cuja filmagem divide espaço com a trama é exibido no filnal (uma merecida homenagem à diversos cineastas que começaram suas carreiras fazendo filmes em super-8).

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Charge

Muito interessante essa charge do: www.charges.com.br, retrata o cinema nacional de forma hilariante. Lembrando que a charge é de 2004, época em que Gilberto Gil era ministro da cultura.


terça-feira, 19 de julho de 2011

Testemunha de Acusação


Fazia tempo que eu gostaria de escrever sobre um filme de um de meus diretores favoritos, Billy Wilder, o mestre de todos os gêneros. Pois bem, aqui estou, e o filme sobre o qual falarei, Testemunha de Acusação (baseado em uma peça teatral de Agatha Christie), é considerado por mim um dos melhores filmes de tribunal já produzidos.

O filme começa mostrando o velho e mal humorado advogado Wilfrid Robarts, que acabara de sair do hospital, por ter sérios problemas do coração não lhe é permitido assumir causas mais sérias ou criminais, porém, ele não resiste e acaba defendendo Leonard Vole da acusação de assassinar uma viúva rica. A surpresa , no entanto, aparece quando ao invés de Christine Helm Vole, esposa de Leonard, depor à favor do marido, decide depor contra, como testemunha de acusação.

Quem não tem muita paciência e vai assistir ao filme, um conselho, segure-se, pois apesar do inicio um pouco entediante (os filmes de Wilder, com algumas exceções, costumam começar lentos, e depois não deixar-nos sair da frente da tela), posteriormente ele se revela incrível. Em alguns momentos pode parecer que o roteiro é cheio de falhas e desculpas esfarrapadas, porém ao final tudo se justifica e acontece reviravolta em cima de reviravolta. Somente um gênio do cinema como Wilder conseguiria chegar a tal ponto, alcançado por tão poucos filmes.

Deixe-me justificar tal admiração por Wilder. Com sua direção fantástica e talento para escrever boas histórias de todo tipo, desde comédias até dramas. Ele parece ter um talento especial de envolver seus espectadores e levava à sério o que fazia, afinal, não é todo cineasta que atinge 45 anos dedicados ao cinema. Uma curiosidade, quando questionado sobre as variações de gênero dos filmes que fazia, ele respondeu: “Fiz de tudo, fui roteirista, diretor... Mas fazer apenas um gênero de filme? Não como todo dia no mesmo restaurante”.

Voltando ao assunto principal, outra atração de Testemunha de Acusação são as atuações, Marlene Dietrich como a esposa traidora, Charles Laughton, magnífico como o rabugento advogado de defesa; e Tyrone Power, em seu ultimo papel no cinema (ele morreria pouco depois do fim das filmagens).

Na verdade, nem deveria esta falando tanto assim do filme, já que ao final há um pedido nos créditos de que os espectadores não revelem para amigos e família o final do filme; fecho minha boca aqui com um último pedido: Se possível vejam, vale à pena.

domingo, 19 de junho de 2011

X-Men Primeira Classe

Fazia tempo que não ia ao cinema com tanta entusiasmo, os filmes de super heróis que eu havia visto já fazia um bom tempo me pareciam ter sido feitos somente para ganhar dinheiro, com aquela velha formula de ação saindo pelo ladrão. Sinto informar aos que ainda não viram o filme (e para os que gostam do estilo citado acima) que não há tanta ação em X-men primeira classe, esta ausência, porém , é mais do que recompensada pelas ótimas atuações, a magnífica exploração dos personagens primários e secundários, os temas trabalhados e o conjunto roteiro/direção, que conseguem fazer desse, de longe, o melhor filme da franquia.

O filme começa com uma das cenas mais emblemáticas da franquia, o momento em que Erik Lehnsher, o Magneto, é separado da mãe pelos nazistas, e posteriormente vê sua mãe sendo morta pelo nazista Sebastian Shaw. Ao mesmo tempo Charles Xavier conhece Mística, e os dois são criados juntos como irmãos. Os anos se passam e tudo que Erik deseja é se vingar de Sebastian, por uma coincidência do destino, Charles e Erik se encontram e se tornam bons amigos, porém os dois tem ideais diferentes demais que ficam claras no decorrer da trama (em especial na cena em que os dois jogam xadrez), o que faz com que, após os dois se unirem para derrotar Sebastian, se tornem os inimigos que foram mostrados nos outros filmes.

Dirigido por Matthew Vaughn, de kick- Ass, e produzido por Bryan Singer, o filme retoma o crédito da franquia após a decepção de X-men 3, e consegue ser muito bem sucedido em todos os aspectos, as atuações, em especial as dos protagonistas Michael Fassbender como Magneto, e James McAvoy como Charles estão espetaculares. O contexto histórico em que a trama se insere (a crise dos mísseis de cuba, 1962) serve para adicionar ainda mais tensão à história.

Umas das coisas que me chamaram a atenção no filme foi o lado humano, o jeito como os personagens e suas idéias são exploradas, e como isso veio a provocar o conflito que tornou dois amigos inimigos. Charles com sua filosofia de que é possível uma convivência pacifica, e Erik pensando que o correto seria somente a existência dos mutantes. Ao mesmo tempo se desenrola entre os personagens secundários uma sensação de exclusão, onde ele se sentem mal por serem diferentes dos demais e por vergonha escondem quem verdadeiramente são. Todas essas questões são trabalhadas no filme sem ofuscar a aventura e o humor presentes na película .

Pode-se considerar esse filme uma das melhores obras sobre histórias em quadrinhos já feitas até então, comparável ao Homem Aranha de Sam Raime e Super Homem de Richard Donner. Ele consegue como poucos fazer com que você entenda e se identifique com os personagens, além é claro de lhe empolgar , mesmo não tendo ação a todo momento;esse, talvez, seu maior mérito.