domingo, 29 de maio de 2011

Pulp Fiction- Tempo de Violência


Adorei esse filme na primeira vez que o vi, este já é o segundo filme de Tarantino que comento aqui e devo admitir que é meu favorito, os elementos nele contidos nos entusiasmam de tal forma que mesmo contendo cenas de mau gosto, você fica preso a ele.

Um dos detalhes que logo no início chamam a atenção é a trilha sonora extremamente apropriada (elemento que se repete em vários dos filmes de Tarantino), bem característica da cultura pop. Os diálogos memoráveis são uma atração a parte, um dos mais notórios é o trecho da bíblia que o personagem Jules Winnfield pronuncia antes de atirar em suas vítimas.

A trama acompanha a história de dois matadores de aluguel, Vincent e Jules, fazendo um serviço para seu patrão Marsellus Wallace. No decorrer da história são adicionados personagens importantes como Mia Wallace, mulher de Marsellus, e o boxeador Butch Coolidge.

O humor negro da trama pode até desagradar a alguns, mas misturado aos demais elementos do filme, como por exemplo as atuações (foi este filme que reavivou a carreira de John Travolta, além de mostrar o talento de Uma Thurman e Samuel L. Jackson) funciona muito bem, a violência contida no filme não ofusca a vivacidade da história, ao contrário, colabora. Outro fator que merece destaque na trama foi a linha narrativa escolhida, que conta de forma embaralhada a história de vários personagens.

Em suma, um dos melhores filmes da década de noventa, que mistura e faz boas referências ao cinema oriental, além do cinema Europeu da mesma época.

PS: Próximo filme de Tarantino sairá em 2012, seu titulo será: Django Unchained.

sábado, 21 de maio de 2011

Os Melhores Filmes Sobre História


O que é o cinema se não uma forma de contar histórias, não é de admirar que o homem procure, através dos filmes, contar sua própria história, filmes que relatam desde a pré-história até eventos atuais, confira aqui algumas das obras primas produzidas sobre este tema.
O Resgate do Soldado Ryan (1998)
Steven Spielberg consegue com esse filme compor uma obra prima que choca e surpreende. O filme retrata magnificamente a batalha da Normandia, onde os aliados tentam retomar a França das mãos dos nazistas, durante a segunda guerra mundial. Com Cenas de batalha extremamente realistas o filme tem mérito de mostrar a guerra não apenas no pondo de vista da história, mas principalmente mostrando a visão dos soldados comuns.
Os Sete Samurais (1954)
Magnífico filme de Akira Kurosawa, um dos mestres do cinema japonês, o filme se passa no Japão feudal do século XVI, e mostra a árdua tarefa de sete samurais de defender a vila contra um grupo de ladrões. É interessante como Kurosawa mostra temas referentes à cultura japonesa, como a morte, o aprendizado e a obediência. Um filme que nos ajuda a entender a cultura japonesa tanto naquela época, quanto hoje.
Hotel Ruanda (2004)
Linda história dirigida por Terry George, que conta como Paul Rusesabagina, gerente de um hotel quatro estrelas, salvou a vida de 1200 pessoas durante o
Genocídio de Ruanda. O filme foca principalmente no preconceito existente no país, na qual a etnia Hutu considerava a etnia tutsi inferior. Um detalhe interessante mostrado no filme é como as potencias mundiais pouco ou nada se importaram com o massacre que em 100 dias matou 1milhão de pessoas.
Guerra do Fogo (1981)
O diretor francês Jean-Jacques Annaud compõe esta obra que retrata com fidelidade
(apesar de alguns exageros), o período pré-histórico, em que o homem luta contra outras espécies pela sobrevivência e pelo domínio do fogo em um mundo totalmente selvagem e quase sem civilização.
O Nome Da Rosa (1986)
Baseado no livro do escritor italiano Umberto Eco, o filme faz jus tanto ao livro quanto a história. Com a ótima atuação de Sean Connery, e a genialidade de Jean-Jacques Annaud por trás das câmeras, a trama retrata a chegada de um monge franciscano e seu aprendiz a um monastério para investigar algumas mortes misteriosas. É impressionante o realismo como o filme retrata o domínio que a igreja católica exercia sobre as pessoas naquela época, e também reforça a velha máxima, saber é poder.
Mauá – O Imperador e o Rei (1999)
De Sérgio Rezende, é um ótimo filme que mostra o período do império no Brasil. O filme acompanha a vida de Irineu Evangelista de Sousa, também conhecido como Barão de Mauá, considerado o primeiro grande empresário brasileiro, ele foi um grande entusiasta do nosso avanço econômico e do fim da escravidão. É importante citar a impressionante trajetória de alguém que com esforço e inteligência foi da base ao topo. O filme mistura momentos de descontração e de tristeza, porém sempre atraindo o espectador. Fundamental para entender o Brasil da época.
O Grande Ditador (1940)
Nesta dura crítica ao regime nazista, Chaplin tira sarro dos discursos inflamados do ditador nazista e ao final passa uma mensagem até hoje atual.
Alexandria (2009)
Muitos historiadores entendem a morte da filósofa Hipátia (considerada a maior pensadora da antiguidade) o marco de encerramento da idade antiga e começo da idade média. Dirigido por Alejandro Amenábar e estrelando Rachel Weisz no papel principal, este filme mostra a vida de Hipátia e também como era a vida em uma Alexandria sob domínio romano, porém dividida por disputas religiosas.
O Discurso do Rei (2010)
Leiam minha resenha sobre o filme
aqui.
Spartacus (1960)
Spartacus foi um escravo dos romanos que viveu aproximadamente na década de 80 ou 70 antes de cristo, ficou celebre por liderar uma revolta que quase pôs fim ao império romano, mas acabou derrotado. Baseado nisso, Stanley Kubrick fez um épico do cinema repleto de espetaculares cenas de ação e luta, em uma época em que isso era uma novidade total (e difícil de fazer), outro mérito da produção são as atuações, especialmente Kirk Douglas no papel principal.

domingo, 8 de maio de 2011

Disque M Para Matar


Existe uma infinidade de filmes de Alfred Hitchcock que são considerados obras primas e que poderiam ser retratados aqui, porém escolhi Disque M Para Matar em especifico por conter alguns dos elementos narrativos preferidos por mim, entre eles os inovadores movimentos de câmera e a incrível capacidade de Hitchcock de conduzir uma história com detalhes tão perfeitos que são poucos os que reparam em todos.

Disque M Para Matar retrata a história de Um ex-tenista profissional que chantageia um amigo para que este mate sua esposa e ele possa ficar com o dinheiro da herança.

Em primeiro lugar, devo admitir que produzir um filme como esse é um desafio para todos os envolvidos no processo de produção. Seu roteiro é cheio de reviravoltas e ele ainda se passa quase inteiro dentro de um único cômodo. Porém, roteiro, direção e as atuações caminharam juntas para fazer este ótimo filme. Hitchcock prova mais uma vez porque era considerado um mestre do suspense. Não posso entrar em detalhes sobre a história, mas posso antecipar que ela, apesar de começar desinteressante, com o tempo vai deixando o expectador com o coração na mão o tempo todo, quando parece que tudo vai acontecer de um jeito, a história muda completamente e acontece de outro.


Alguns pequenos detalhes do filme merecem destaque, como o figurino usado por Margot (Grace Kelly) no decorrer da película, e também o fato de que a câmera não se move em direção aos atores, os atores é que se moviam em direção a câmera. Há também certos momentos em que o ângulo da câmera fica torto para ressaltar a tensão. São esses vários detalhes mínimos que só são percebidos com bastante atenção que dão ao filme o status de clássico e de obra prima.