domingo, 19 de junho de 2011

X-Men Primeira Classe

Fazia tempo que não ia ao cinema com tanta entusiasmo, os filmes de super heróis que eu havia visto já fazia um bom tempo me pareciam ter sido feitos somente para ganhar dinheiro, com aquela velha formula de ação saindo pelo ladrão. Sinto informar aos que ainda não viram o filme (e para os que gostam do estilo citado acima) que não há tanta ação em X-men primeira classe, esta ausência, porém , é mais do que recompensada pelas ótimas atuações, a magnífica exploração dos personagens primários e secundários, os temas trabalhados e o conjunto roteiro/direção, que conseguem fazer desse, de longe, o melhor filme da franquia.

O filme começa com uma das cenas mais emblemáticas da franquia, o momento em que Erik Lehnsher, o Magneto, é separado da mãe pelos nazistas, e posteriormente vê sua mãe sendo morta pelo nazista Sebastian Shaw. Ao mesmo tempo Charles Xavier conhece Mística, e os dois são criados juntos como irmãos. Os anos se passam e tudo que Erik deseja é se vingar de Sebastian, por uma coincidência do destino, Charles e Erik se encontram e se tornam bons amigos, porém os dois tem ideais diferentes demais que ficam claras no decorrer da trama (em especial na cena em que os dois jogam xadrez), o que faz com que, após os dois se unirem para derrotar Sebastian, se tornem os inimigos que foram mostrados nos outros filmes.

Dirigido por Matthew Vaughn, de kick- Ass, e produzido por Bryan Singer, o filme retoma o crédito da franquia após a decepção de X-men 3, e consegue ser muito bem sucedido em todos os aspectos, as atuações, em especial as dos protagonistas Michael Fassbender como Magneto, e James McAvoy como Charles estão espetaculares. O contexto histórico em que a trama se insere (a crise dos mísseis de cuba, 1962) serve para adicionar ainda mais tensão à história.

Umas das coisas que me chamaram a atenção no filme foi o lado humano, o jeito como os personagens e suas idéias são exploradas, e como isso veio a provocar o conflito que tornou dois amigos inimigos. Charles com sua filosofia de que é possível uma convivência pacifica, e Erik pensando que o correto seria somente a existência dos mutantes. Ao mesmo tempo se desenrola entre os personagens secundários uma sensação de exclusão, onde ele se sentem mal por serem diferentes dos demais e por vergonha escondem quem verdadeiramente são. Todas essas questões são trabalhadas no filme sem ofuscar a aventura e o humor presentes na película .

Pode-se considerar esse filme uma das melhores obras sobre histórias em quadrinhos já feitas até então, comparável ao Homem Aranha de Sam Raime e Super Homem de Richard Donner. Ele consegue como poucos fazer com que você entenda e se identifique com os personagens, além é claro de lhe empolgar , mesmo não tendo ação a todo momento;esse, talvez, seu maior mérito.


Um comentário:

  1. Bela resenha Alexandre...deu até vontade de assistir o filme...Há e feliz aniversario...faLoL

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