quarta-feira, 16 de março de 2011

O Guia do Mochileiro das Galáxias




O filme, baseado na série de livros de Douglas Adams e é inteligentemente conduzido por Garth Jennings, narra a história de Arthur Dent, um britânico que adora chá, tem a casa destruída para a construção de um desvio e logo depois foge para uma espaçonave com Ford Prefect (que na verdade é um alienígena) pouco antes da Terra ser destruída para a construção de uma via intergaláctica, lá eles encontram Trillian, o amor de Arthur, Zaphod, o extravagante presidente da galáxia, e o hilário Marvin, que é um robô maníaco depressivo. E durante toda a jornada, Arthur conta com O Guia do Mochileiro das Galáxias, uma espécie de enciclopédia universal.


Jutos, eles partem em direção ao planeta Magrathea para tentar descobrir a resposta para a questão fundamental da vida, do universo e tudo mais (um supercomputador que aparece no filme afirma que a resposta é 42).
O filme funciona não exatamente por causa de sua história ou de sua produção, o que o torna especial é seu humor inteligente e crítico sobre vários aspectos da sociedade (especialmente politica), sendo essa crítica universal (vai me dizer que ao ver os Vogons você não os liga à alguns políticos?). Um exemplo disso são as pás do mundo dos Vogons que não gostam de ideias, toda vez que alguém tem uma ideia ou uma teoria elas sobem da terra e lhe acertam o nariz, é com tiradas como essa que o filme se sustenta e mantem o expectador até o final. A verdade é que, apesar da história se passar no espaço, tudo não passa de uma grande sátira da vida na Terra.
PS: Destaque também para os bordões que aparecem no filme como “Tudo o que você precisará quando o universo acabar é de uma toalha”, “Não entre em pânico” e “Amor, evite se possível”.

segunda-feira, 7 de março de 2011

A Origem




Este filme consegue ser inteligente em vários aspectos, além de ser blockbuster que ao mesmo tempo consegue atrair o grande público, também consegue agradar a crítica com seu fascinante roteiro e seus efeitos especiais (que apesar de bons não são o que mais chamam atenção no filme).

Para começar o filme conta a história de Cobb (Leonardo DiCaprio) , um tipo de ladrão de segredos que é especialista em invadir a mente dos outros para roubá-los, ele então é convidado por Saito( Ken Watanabe) para ao invés de roubar, introduzir uma ideia na cabeça de Robert Fischer (Cillian Murphy), que é concorrente de Saito, na intenção de eliminá-lo do ramo em que Saito atua. Para essa missão ele conta com uma equipe, entre eles Ariadna (Ellen Page), que é quem “constrói” os cenários dos sonho; e Arthur (Gordon-Levitt) que é responsável por descobrir informações sobre os alvos e planejar as “missões”.




Eu poderia gastar mais duas ou três paginas do Word descrevendo a história para vocês, mas é justamente este o ponto que torna esta história tão fascinante, sua complexidade. Lembro-me de conversar com meu pai sobre este assunto chegamos à conclusão de que, se não houver muita cautela, criar uma história cheia de detalhes e de sub tramas pode levar a um beco sem saída.

Um exemplo clássico disso é a série Lost, que criou tantas perguntas que no final não houve respostas suficientes. Um bom exemplo do contrário foi a história em quadrinhos Watchmen, em que Allan Moore conseguiu conciliar uma história principal genial com várias sub tramas que enriquecem a narrativa. Em A Origem, você mergulha em um mundo tão cheio de detalhes que, combinado com as ótimas atuações (DiCaprio pode não ser um ator tão bom, mas sabe escolher os projetos em que irá trabalhar), e com os efeitos especiais, conseguem criar uma das maiores obra de ficção cientifica da década. E, no final do filme, ainda fica aquela velha questão proposta por Platão rodopiando em nossas cabeças, seria este o mundo real, ou tudo não passa de um sonho ?
Só para acrescentar, o filme concorreu a oito óscares, incluindo melhor filme e melhor roteiro, porém só ganhou em categorias técnicas (Fotografia, Efeitos visuais).

quarta-feira, 2 de março de 2011

O Gabinete Do Doutor Caligari





Consta no livro “Cem anos de cinema” da Folha, que trata sobre filmes que marcaram o cinema mundial, no capitulo sobre Cidadão Kane há o seguinte trecho: “ Welles (Orson Welles) (...) estudou com afinco o clássico do expressionismo alemão , O Gabinete do Doutor Caligari...”, isto antes de compor sua obra prima, sendo que anteriormente no mesmo livra há um capitulo somente para o filme, mas a final, o que torna esse filme tão especial para o cinema?
Caligari foi lançado em 1920; e como eram os filmes daquela época? Geralmente comédias curtas ou registros de cenas do dia-a-dia, (o que equivaleria ao jornal nacional de hoje era exibido nos cinemas). O cinema era visto pelos intelectuais e pessoas mais estudadas como uma atração para o povo, a manifestação menor da inteligência nas artes.




Eis que surge Caligari, com uma trama ousada com direito a flashbacks e viradas, o filme passava a exigir raciocínio por parte do expectador. Outro ponto que marcou o filme foram os cenários, todos pintados e distorcidos, por uma razão que o expectador só descobre qual é no final. A linguagem em geral que fora usada no filme revolucionou o cinema da época e viria a influenciar boa parte dos filmes que viriam depois, nascia o expressionismo alemão. A genialidade deste filme porém, não conseguiu ser captada pelos remakes feitos posteriormente, não importava, a história de um um mago que usa um sonâmbulo para cometer assassinatos já havia sido magnificamente mostrada neste filme, pode-se considerá-lo o primeiro filme com uma trama genial da história.